A saudade é patética! Ladra de
sentimentos mais nobres que ela rouba nos momentos mais inoportunos. Vem na
calada da noite, assim como no despertar do Sol, numa manhã promissora. E ela
avança pelo dia afora e adentra a noite. Não é convidada e nem é bem-vinda.
Porque então surge assim, como uma lança afiada, ferindo quem não a suporta?
Eu a tenho grudada em mim como uma
sarna, por esses dias... Ela me incomoda e me torna um trapo. Isso é maldade!
Essa saudade... Estou aqui com ela, sem ter como afastá-la, no momento. Tenho
de conviver com ela, ainda mais quando ela bate forte e chega a me queimar por
dentro, feito ferida que não cicatriza, feito dor que não passa, feito chama
que não se apaga. Que saudade bandida!
Pois é, Bebete... esse sentimento/palavra que só existe na lingua protuguesa... será que só os que a falam sabem o que é quando a sentem? "Quando não cabe em palavras, transborda em lágrimas.
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