terça-feira, 29 de maio de 2012

DA ESPERA DE UM BILHETE SEU




E aquele guardanapo, depois de uma acrobacia pelo ar, caiu justamente em cima da mesa que eu ocupava naquele bar onde nos encontramos pela primeira vez.[?] E eu estava lá, à sua espera ou à espera de um bilhete seu, ao menos se você não aparecesse.

Você não foi! E o guardanapo, que achei ser uma missiva sua, continuava, em branco, apoiado na borda de meu prato vazio, à espera de nosso pedido em cumplicidade.

Eu aguardava você... Esperei você, loucamente, assim como se fosse uma última vez de tantos encontros que poderíamos ter tido, de tantos momentos deliciosos e saudáveis como havia sido aquele primeiro... Esperei você, mordendo os lábios de tanta aflição por não ter a certeza se viria se acaso quisesse, de verdade, me ver novamente. E ter o benefício da dúvida é algo que me incomoda; às vezes é até estimulante. Mas desta vez não foi!

Eu aguardava você, sim! Aguardava, porque queria ver você de novo, para saciar o meu desejo de mais uma vez... Mais uma vez, que fosse!

Da primeira vez, "deu vontade de não ir embora". Deu vontade de ficar por muitas e muitas horas ao seu lado. Conversando...Conversando. E aquela nossa conversa foi tão boa, assim como ficar horas e horas em frente ao mar, ao sabor de ficar olhando as ondas e seu vaivém.

É dessa maneira que ficamos atentos a tudo que nos acontece. E ter acontecido você, em minha vida, foi mais ou menos assim: uma onda atrás da outra, não como o cotidiano, mas como a surpresa que cada onda nos reserva.

Você me surpreendeu, desde a primeira onda!

Admirei-me com a pessoa que você é. Foi um assombro, e ao mesmo tempo uma surpresa doce quando conheci você. Raramente, encontramos pessoas em nosso caminho que nos fazem tão bem. Por isso eu esperava você...

"Queria ter de volta a magia de um reencontro, para poder iluminar a minha alma com a luz da sua."

E apesar de todas as minhas expectativas, você não foi. E nem mesmo mandou-me um bilhete, para justificar a sua não presença.

Foi então que fui até ao bar. Tomei uma dose de uma bebida forte para me encorajar, e voltei àquela mesa e comecei a escrever, naquele guardanapo em branco, este bilhete para você!

E assinei, não sei se em vão, mas com grande convicção: "Gosto de você, e ainda espero um bilhete seu!"

quinta-feira, 17 de maio de 2012

UMA DECLARAÇÃO DE AMOR




Está no “Aurélio”: declaração é uma confissão de amor!
Mas... Por que toda declaração tem de ser de amor? Será que uma declaração não pode ser de amizade, de companheirismo, de fraternidade, de outra coisa qualquer?
Sim! Também está no “Aurélio”: declaração é um documento no qual se declara alguma coisa. E declarar é dar a conhecer, confessar-se, pronunciar-se a favor ou contra.
Pois bem, então podemos declarar qualquer coisa... Até mesmo um amor!
Mas, aconteceu que, dias atrás, eu quis fazer uma declaração a alguém a quem eu quero muito bem. Em poucas frases ditas, eu pude confessar, por telefone, assim sem mais nem menos, o quanto esta pessoa é importante para mim.
Eu estava cozinhando... Estava preparando um gostoso jantar: um estrogonofe de frango, acompanhado de arroz com ervas e batatas cozidas. Enquanto eu me deliciava com este meu hobby, pensei que seria ótimo ligar para esta pessoa apenas para dizer o que sentia. A verdade, nada mais além da verdade!
Às vezes, somos incapazes de dizer nossas verdades assim tão levemente. Sempre estamos pesando os prós e os contras. Por que ficar ocultando nossos sentimentos?
Por que não somos tão seguros em dizê-los? Será que é tão difícil expor o que sentimos, quando estamos a fim de dizer sobre isso com alguém? É mesmo uma tremenda dificuldade nos expressarmos, assim tão claramente?
Não sei não! Muitos se privam deste encantamento. E é tão simples. É chegar e dizer!
Gosto de agir dessa maneira, quando quero. Sinto-me tão segura, e tão capaz, quando penso que a vida é tão curta e podemos, se quisermos, expressarmos com todas as letras tudo o que sentimos pela vida e por todas as pessoas que dela fazem parte.
Fiz uma declaração e fui muito feliz, porque a pessoa a considerou e também ficou bem feliz. Eu a ouvi me dizer que a recíproca era verdadeira! E nossos corações sabem o quanto somos felizes por esta causa tão nobre: nossa amizade!
Minha declaração não foi uma confissão de amor, como quer o “Aurélio”, mas, sim, uma confissão de amor de minha amizade por esta “boa e grande pessoa amiga.”
Haverá outras, com certeza, ao longo dessa minha vida...
E você? Alguma vez, em sua vida, já se declarou assim, enquanto cozinhava, enquanto...?
Simples assim!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

UMA NOITE COMO NENHUMA OUTRA



Cara, o quê?

E nós cantamos feito artistas, e ainda bem que a letra da música aparecia no vídeo. Caso contrário, a gente dançava... Não dava para se lembrar de todas elas!

Dançamos felizes, literalmente, em uma noite como nenhuma outra, porque não ensaiamos os passos e acertamos no ritmo de nosso embalo.

Naquele “karaokê”, num bar aconchegante, na cidade de Governador Valadares (MG), a gente se divertiu à beça! Todos, à volta, nos aplaudiam... Tantos pontos na telinha. A voz da gente era a voz da vez! Talvez, ninguém jamais cantou tão bem quanto a gente... Porque era tudo uma festa em nosso coração. Era tudo uma noite divertida, sem ter hora pra voltar pra casa...

A noite, lá fora, anunciava uma diversão sem igual. A Lua acompanhava nossos deliciosos cantos, aquela nossa cantoria... E a gente nem queria mais parar de cantar. Os amigos, que foram juntos, nem se deram conta de que eles não poderiam ter a sua vez no karaokê, pois só dava a gente... Não conseguimos deixar o microfone pra mais ninguém!

E à beira do Rio Doce a noite parecia mais calma! Já na madrugada...

Perdemos a hora, e a hora nos deixou perder um pouco do tempo para aproveitarmos mais dele... E como aproveitamos!

Nada especial... Mas foi tudo muito especial pra nós duas... As amigas cantoras de karaokê! Eu e Cláudia, nos idos do ano de 1999, século passado!!!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

DA HORA CERTA E FELIZ




Coincidências? Podem não haver, assim a torto e a direito. Mas podemos acreditar, pois nada é por acaso!

Quando esperar, e como, pela hora certa e feliz?
Com paciência e força de vontade, ela há de chegar... Quando a gente menos esperar!

Todos nós temos a necessidade de conseguir nosso momento favorável para a realização de desejos, de sonhos, de esperanças, que são capazes de mover montanhas, se acaso elas são vindas do fundo do coração.
Ninguém perde por esperar! Ninguém perde o que ainda não ganhou. Por isso, é preciso acreditar que, em determinada hora certa e feliz, as coisas irão acontecer da maneira que queremos, porque veementemente as desejamos.
Se colocamos todo o nosso entusiasmo nos sonhos que almejamos realizar, somos capazes de receber as vibrações que permitirão a nós os alcançarmos.

É necessário não se perder na busca, não deixar que a intolerância faça a sua cama e não deixar que a sofreguidão nos pegue no caminho.

Quantos apressaram o instante da hora certa e feliz e acabaram com as mãos vazias? Quantos não sentiram o gosto desta oportunidade?

Eu quero esperar a minha hora: certa e feliz! Eu quero dar tempo ao tempo. Quero aguardar o inesperado bater à minha porta, apesar de ele estar sempre sendo esperado. Quero esperar o momento de sua chegada, com meus braços abertos e com a consciência de que esta minha retidão é a mais pura de meus sentidos; daquilo do que sei e que faço!

A chegada de minha hora certa e feliz está por vir. Eu acredito, eu sinto...

E você?