Sou do que sou! Sou daquilo do que posso ser. Sou das
matas, sou das águas, sou de todo esplendor. Sou da matéria, do universo, sou
do meu verso, porque sou inteira!
Sou da poesia, que acalma o coração dos grandes poetas, sou
da magia de não ser, mas abuso da essência do saber. Sou da carência de viver
de qualquer momento que me faça feliz! Sou meio velha, meio nova, sabendo bem o
porquê.
Sou da razão do querer, sou do tempo de poder.
Sou das asas que libertam, sou do tempo de amanhecer.
Sou esperança que abraça o meio de conseguir. Sou nuvem, sou
estrela, sou azul de céu.
Eu sou o vento que sopra, trazendo boas novas. E sem querer
sou o grafite que escreve melodias; canções que unem corações.
Sou a Lua que se parte, sou borboleta de gravata, perdida,
eu sou meu outro lado!
Sou careta, sou bandida. Eu sou um som de uma flauta doce.
Sou uma sempre-viva da terra do sem-fim. E para “você” colhi uma, para dizer
que estou viva.
Sou do pedaço, sou da colheita, sou da mira, sou canção
esquecida.
Sou da fumaça de meu cigarro, sou do laço de nosso abraço.
Sou terra produtiva, sou mulher que ama a vida! Sou consolo, sou alma
destemida. Sou o berro de um berrante anunciando uma nova vida; uma outra vida!
Sou esquema traçado, sou um achado. Sou menina, sou criança
nos seus braços que me abraçam. Sou a pessoa que lhe ama...
Sou assim, meio esquisita, mas sem sombra de dúvida, sou uma
criatura querida!
Sou do lodo, sou da lima, do fruto da limeira, mesmo que não
ache a rima.
Sou a mivla que bebetea o seu coração!
Sou a pessoa que lhe arrasta para o meio da explosão do que
sou, do que sou, do que sou...!
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